Al Hilal intensifica interesse e cenário de saída do Manchester United é cada vez mais real
A derrota na final da Europa League, frente ao Tottenham, gerou um rombo ainda maior na ambição do Manchester United para 2025/26. A campanha que agora termina seria sempre um fracasso para um clube com o historial dos red devils, mas o desaire de Bilbau foi um abalo tremendo. Não só do ponto de vista desportivo, como também financeiro.
O United falhou a conquista de um troféu europeu, e dessa forma perdeu também a possibilidade de garantir um lugar na próxima edição da UEFA Champions League. Deixou fugir um encaixe financeiro importante, que condiciona fortemente o investimento para a próxima época.
Um pesadelo para Ruben Amorim, portanto, se bem que até o próprio treinador português deixou aberta a porta de saída, na passada quarta-feira. «Se a direção e os fãs acharem que não sou o homem certo, saio no dia seguinte sem qualquer conversa sobre compensação», afirmou.
)
Treinador luso frisa que sai sem indemnização, caso a direção dos ‘red devils’ considerem que não é o homem certo para o cargo
Em todo o caso, Amorim deixou a garantia de que não pretende desistir. E a sua continuidade, não sendo certa, parece, nesta altura, mais provável do que a de Bruno Fernandes. Após a derrota com o Tottenham, o internacional português teve uma declaração que agitou o mercado: «Se o clube pensar que está na hora de sair, porque quer fazer algum dinheiro, é o que é e o futebol às vezes é assim.»
)
Declarações do capitão do Manchester United na zona mista
A declaração de Bruno Fernandes não manifesta uma intenção clara de sair. É mais um reflexo da posição do clube, que mostra agora abertura para o negociar. O Manchester United precisa de dinheiro, para atacar o mercado dentro das regras do fair play financeiro, e sabe que o internacional português é o seu maior ativo – está avaliado em 55 milhões de euros pelo Transfermarkt.
Bruno sabe que é o capitão, a referência da equipa, mas entende o contexto. Também não é indiferente à circunstância de fazer 31 anos em setembro, e o prazo que isso coloca à possibilidade de protagonizar mais uma grande transferência: seja para outro tubarão do futebol europeu, seja para outro mercado financeiramente aliciante.
A declaração de Bruno Fernandes em Bilbau, não sendo propriamente inesperada, agitou o mercado. A BOLA sabe que os últimos dias têm sido intensos, no que diz respeito a negociações, e o ritmo promete não baixar nos próximos tempos.
O Al Hilal, da Arábia Saudita, é a possibilidade mais forte. O interesse não é novo, de resto, mas nas últimas horas surgiram notícias que apontam para uma oferta superior a 200 mil para o jogador, e que pode render mais de 100 milhões ao Manchester United.
De acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, esses valores não estão fechados, embora mostrem a consistência do interesse saudita. As conversações prosseguem, e nem sequer existe a obrigatoriedade de fechar negócio antes do Mundial de Clubes. É certo que o Al Hilal gostaria de contar com o jogador no torneio – o mercado vai estar aberto de 1 a 10 de junho -, mas não é condição obrigatória para fazer negócio.
Uma coisa é certa: a possibilidade de Bruno Fernandes fechar o ciclo no Manchester United está a ganhar força, e o pesadelo de Ruben Amorim ganhará outros contornos.
Por mim, saía. Afinal, até quando se deve remar contra a maré? Até onde é justo pedir a um dos melhores treinadores da sua geração que transforme pedra em pão, semana após semana, num contexto onde a fome é muita e os ingredientes são poucos?
