Estádio do Bayern Munique recebe a final da UEFA Champions League pela segunda vez na história; Chelsea de Roberto Di Matteo arrebatou aqui a orelhuda em 2012; tinha Raul Meireles, José Bosingwa, Paulo Ferreira e Hilário no plantel
MUNIQUE – A Allianz Arena tornou-se no palco que todos queriam pisar esta temporada. Onde os sonhos se transformam em realidade e em momentos para a eternidade.
A casa do colosso Bayern Munique, inaugurada em 2005, para o Mundial de 2006 na Alemanha, recebe a segunda final da UEFA Champions League da sua história.
Já acolheu jogos do Mundial 2006, incluindo a meia-final entre Portugal e França (0-1), do Euro-2020 e do Euro-2024 — e vai receber muito em breve o Alemanha–Portugal da meia-final da Liga das Nações, aprazado para 4 de junho.
Esta segunda final da maior prova europeia de clubes Allianz Arena, porém, não terá a presença da equipa da casa, que ficou pelo caminho nos quartos de final, eliminada (1-2 e 2-2) precisamente pelo Inter, ficando assim impedida de limpar as más memórias da final de 2012, a primeira da UEFA Champions League que acolheu. Os bávaros conseguiram chegar ao jogo decisivo da prova milionária nessa época 2011/12, mas não lhes correu bem.
Primeiro estádio com exterior iluminado totalmente colorido
Com lotação a roçar os 65 mil lugares para o jogo de hoje, foi o primeiro estádio a ter um exterior iluminado totalmente colorido, graças aos 2760 painéis insufláveis. Entre custos de construção e de financiamento, o recinto ganhou forma por um total de €340 M e a sua arquitetura e exterior serviram de inspiração, como foi o caso do Estádio MetLife, em New Jersey, EUA, casa dos Giants e dos Jets na NFL, que também fica totalmente colorido no exterior, mas que custou a módica quantia de 1.600 milhões de dólares, tornando-se à altura da abertura, em 2010, no mais caro recinto desportivo da história norte-americana.
Então orientados por Jupp Heynckes, treinador alemão que já passara por Portugal, entre 1999 e 2001, para treinar o Benfica, defrontaram o Chelsea de Roberto di Matteo, a 19 de maio de 2012, e o plantel dos blues, tal como sucede com o do PSG na final deste sábado, contava então com quatro jogadores portugueses: o guarda-redes Hilário, os laterais José Bosingwa e Paulo Ferreira e o médio Raul Meireles.
O italiano fora o escolhido para substituír André Villas-Boas no comando técnico da formação de Stamford Brigde em março, depois de mais um mau resultado na Premier League.
O até então adjunto do treinador português, agora presidente do FC Porto, assumiu a equipa e na Liga dos Campeões começou pela 2.ª mão dos oitavos de final, frente ao Nápoles. Virou o 1-3 da primeira mão para um 4-1 na segunda.
Nos quartos de final, encontrou o Benfica de Jorge Jesus, vencendo da Luz por 1-0 e em Stamford Bridge por 2-1. Nas meias-finais, os blues despacharam o Barcelona (1-0 e 2-2), e, já na final, frente ao Bayern, estragaram a festa dos bávaros com triunfo no desempate por pontapés de penálti (4-3) após o 1-1 (golos de Thomas Muller, aos 83’, e de Drogba, aos 88’) no final do prolongamento, numa partida que teve o lateral português José Bosingwa como titular e o também lateral luso Paulo Ferreira no banco do Chelsea. Hilário era o terceiro guarda-redes do Chelsea, que tinha o gigante Petr Cech entre os postes, e Raul Meireles ficou impedido de jogar a final por ter visto o terceiro cartão amarelo na fase a eliminar.