Anderson Luís de Souza, mundialmente conhecido como Deco, tem uma carreira invejável. O começo foi um tanto atribulado, com apenas duas partidas como profissional do Corinthians e uma passagem relâmpago pelo CSA. Foi em Portugal que o meio-campista deslanchou, como ídolo do Porto e da seleção lusitana. Por Barcelona e Chelsea manteve a sina de levantar troféus, e fechou sua trajetória no país natal com dois títulos brasileiros pelo Fluminense.
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Em entrevista ao programa Pôster Placar, que homenageia os grandes campeões que estiveram nas paredes dos torcedores, Deco, atualmente diretor de futebol do Barcelona, repassou, com orgulho, a sua caminhada como atleta. “Tive a sorte de ganhar títulos importantes em momentos históricos dos clubes”, lembrando que as taças por Porto, Barcelona e Fluminense encerraram longos jejuns.
Durante o papo na Ciudad Deportiva, CT do Barcelona, o hoje dirigente detalhou seus primeiros passos. “Me profissionalizei no Corinthians. Me lembro da estreia contra o Fluminense, no Estádio do Ibirapuera, estava nervoso, normal. O Corinthians vivia uma fase difícil, complicada […] Eu queria ter ficado no Corinthians. Eu, na verdade, não entendi muito bem o que aconteceu, eu era muito novo e não entendia bem a coisa dos empresários”.
Primeiro título em Alagoas
Antes de se mudar para Portugal, o meio-campista participou do título alagoano de 1997 do CSA, onde conheceu Adriano Gabiru, que seria seu algoz no Mundial de 2006, entre Inter e Barcelona.
“Joguei com o Gabiru no CSA, era um time bom, o clube era acolhedor, foi uma fase boa em Maceió, gostei muito de jogar lá. Lembro dessa foto, ganhamos a primeira fase do Estadual e fomos comemorar na casa de um menino que jogava lá […] Logo depois começa minha história em Portugal”


Deco e Gabiru durante comemoração de título do CSA / Reprodução
‘Muito feliz no Fluminense’
Deco elegeu o gol na final da Champions League de 2004 diante do Monaco como o mais marcante de sua carreira e falou da importância do técnico José Mourinho naquela época. “Mourinho me ajudou muito e ao Porto, porque até então havia uma mentalidade de que os clubes portugueses tinham um limite. Ele mudou isso, fez os jogadores acreditarem que poderiam vencer qualquer jogo e campeonato, o que culminou nos títulos da Liga Europa e da Champions.”
O ex-jogador de 47 anos também falou com carinho da passagem pelo Fluminense, entre 2010 e 2013, quando pendurou as chuteiras. “Quando decidi voltar ao Brasil, o Flamengo estava bem, Palmeiras tentando montar um time, Corinthians tinha Ronaldo, mas o Fluminense foi quem mais me chamou atenção pelo projeto da época […] Fui muito feliz, uma paixão diferente. Foi bom para caramba, com dois títulos brasileiros. Sempre digo que essa geração poderia ter ganhado uma Libertadores, a qualidade para isso estava lá.”


Deco foi capa de PLACAR em 2011 – Acervo