Parisienses celebraram em grande a conquista da UEFA Champions League
Mesmo depois dos desacatos que marcaram a noite em Paris, o dia foi de festa para o PSG. Menos de 24 horas depois de erguer o troféu em Munique, após golear por 5-0 o Inter, seguiu para parada de autocarro, que passou pela residência oficial do Presidente da República de França e terminou com apoteose no Parque dos Príncipes.
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Noite de sonho de menino de 19 anos (assistência e bis) deixa PSG na história em final (demasiado) desequilibrada; médio português fez ‘abracadabra’ no 1-0, serviu o 3-0 e encheu o campo com futebol ‘à portuguesa’!
Os Campos Elísios, a avenida mais famosa de Paris, foi fechada para que o autocarro dos campeões da Europa pudessem celebrar perante os mais de 100 mil que por lá aguardaram. O autocarro seguiu em direção ao Palácio do Eliseu, onde os jogadores foram recebidos por Emmanuel Macron. Antes disso, porém, houve tempo para a emoção de Nasser Al-Khelaifi, presidente dos parisienses. «Ainda não acreditamos no que fizemos pelas pessoas de Paris. Trabalhámos muito por isto, 14 anos, não foi fácil. É magnífico, só o futebol faz isto. Este ano foi especial. Noutros anos, talvez não fosse assim. Não foi só por Paris, mas sim por França», disse o dirigente do PSG, em lágrimas.
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À chegada à residência oficial de Emmanuel Macron, o presidente francês começou por dirigir uma mensagem sobre os desacatos da noite anterior, que causaram dois mortos, dois jovens de 17 e 23 anos «Nada pode justificar aquilo que aconteceu nas últimas horas. É inaceitável, tiraram a felicidade aos nossos compatriotas. Duas pessoas morreram. A nação está de luto. Seremos implacáveis. O futebol não é isso», disse o chefe de Estado francês, ontem, na presença dos vencedores. A seguir chegaram os elogios e agradecimentos. «Finalmente é Paris! Há 32 anos vibrei noutra final de Munique, do Marselha, e 32 anos depois, vocês venceram a Liga dos Campeões. Fizeram-no de forma sublime e monstruosa. São campeões, todos nós vibrámos. É a vitória de um equipa inteira, unida. Do estado de espírito, da vontade, da solidariedade, da ambição. É o futebol que gostamos de ver», disse, num discurso que deixou o capitão Marquinhos em lágrimas, antes de elogiar o trabalho de Luis Enrique, que «criou uma forma de ser», e Luís Campos: «Obrigado. Construiu uma grande equipa.»
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Marquinhos, capitão de equipa, falou à saída do Palácio do Eliseu. «Representamos as cores de França, como disse o presidente. Vemos as crianças emocionadas, inspiramos toda uma geração. É um sonho para mim vir aqui porque significa que ganhámos algo especial. Quando ele [Macron] fala de mim, também fala dos que já cá não estão, das lendas, dos que fizeram muito para o clube chegar aqui. O nosso presidente é que começou tudo. É um projeto, mas acho que o projeto não fica por aqui. Sempre dissemos que isto era um objetivo, não uma obsessão. Conseguimos, estamos livres. Agora, temos de continuar», discursou o brasileiro. Já o presidente fez a segunda de três declarações do dia: «Representámos França, não só o país. Estamos muito orgulhosos, senti França a apoiar-nos. Defendemos a Ligue 1, todos os clubes franceses, o futebol e o desporto francês. Temos de ser positivos pelo futuro do futebol francês. Temos os melhores estádios, os melhores jogadores, trabalhemos juntos para termos a melhor liga, não estamos longe», afirmou. Dali a equipa seguiu para o Parque dos Príncipes.
Os adeptos com bilhete de época puderam estar presentes na casa do PSG e um dos primeiros cânticos foi para Ousmane Dembélé. Ou, melhor dizendo, Ousmane ‘Ballon D’Or’. Pediu-se, em várias ocasiões, a Bola de Ouro para o melhor jogador da última edição da Liga dos Campeões, numa festa que contou com artistas como DJ Snake e Niska. Depois, os atletas e o treinador foram chamados um a um e alguns puderam discursar.
Os últimos a chegarem ao palco foram Marquinhos e Nasser Al-Khelaifi, com o troféu nas mãos. «É um dia de glória. Trabalhámos tanto para estarmos aqui. Estiveram sempre connosco, somos campeões da Europa», disse o internacional brasileiro. Depois, foi a vez de Al-Khelaifi agradecer a todos os jogadores, a Luis Enrique, «o melhor treinador do Mundo» e a… Luís Campos, diretor desportivo português que ouviu o seu nome entoado pelas bancadas. Houve ainda tempo para João Neves, um dos quatro portugueses que conquistou o troféu — tal como Vitinha, Nuno Mendes e Gonçalo Ramos — protagonizar momento de boa disposição, com salto mortal em pleno palco.
A festa acabou com a tradicional volta olímpica e um espetáculo de fogo de artifício no estádio. Uma festa que demorou 14 anos e custou mais de 2 mil milhões de euros a construir, mas, finalmente, o PSG é campeão da Europa.
🎆 Pour clôturer cette soirée de fête au Parc des Princes, un feu d’artifice a été tiré au son de “We Are the Champions” de Queen. pic.twitter.com/I6PiTPxaIB
— M6 Info (@m6info) June 1, 2025