O zagueiro Marquinhos, recém-coroado campeão da Champions League pelo Paris Saint-Germain, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, 3, antes do treino da seleção brasileira em São Paulo. A equipe se prepara para as primeiras partidas sob o comando do técnico Carlo Ancelotti, contra Equador, em Guayaquil, dia 5, e Paraguai, na Arena Corinthians, dia 10.
O jogador de 31 anos se disse orgulhoso dos feitos pelo clube e se mostrou ansioso pelo início de trabalho com Ancelotti.
PLACAR agora está nas bancas e em todas as telas. Assine a revista digital.


FRANCK FIFE / AFP
PSG campeão
“A voz está voltando ainda. Foram dias de muita emoção, foram 12 anos de PSG acreditando em um projeto desde lá atrás, parecia algo distante. Ter conseguido alcançar esse objetivo, não uma obsessão, da maneira que foi, foi muito especial e gratificante. Lembrei de todos os jogadores que passaram por lá, jogadores que choraram com a gente nas derrotas, e de alguma maneira fazem parte da história dessa conquista”
“Fui o segundo brasileiro a erguer essa taça como capitão, depois do Marcelo, o que me deixou muito orgulhoso. Agora é continuar o trabalho aqui.”
Expectativa com Ancelotti
“As expectativas, o desejo e a ambição são das melhores possíveis. Nosso treinador já mostrou a força que ele tem, a inteligência. Foi isso que a seleção foi buscar. Eu já vi no PSG que em um ano a dinamica pode se mudar muito rápido, e espero que isso aconteça na seleção também.”
“Ele foi muito claro nos planos de jogo que ele vai ter, e com a experiencia que ele tem, creio que será uma adaptação muito rápida. Temos um treinador muito apropriado para reverter a situação que a gente vive.”
“Ainda não tive um papo particular com ele, foi só em grupo. Mas é importante na seleção que tenhamos um ambiente confortável, os jogadores tranquilos, para que possamos fazer um excelente trabalho. Mas também temos de ter uma ideia clara da filosofia que ele tentará colocar em prática. Com o passar dos treinos e jogos ele vai corrigir muitas coisas.


Ancelotti e Taffarel durante treino da seleção brasileira – Rafael Ribeiro / Divulgação / CBF
“Seleção é isso, quem está bem tem que vir, quem tem personalidade, experiência, esse é o papel do nosso treinador, reunir quem está bem e formar um grande elenco para brigar por grandes coisas. […] Foi fomentado uma renovação, mas às vezes acabando queimando algumas etapas de uma transição que poderia ser mais tranquila. Futebol não tem fórmula secreta sobre ser campeão com mais jovens ou mais velhos. O PSG foi campeão com um time jovem, outros foram com atletas experientes. Essa é a mágica do esporte, quem está bem com 17 ou com 38 vão merecer estar aqui.
Quanto à braçadeira, não falamos ainda. Com certeza todos que estão aptos querem ser capitão da seleção, e estaremos bem-servidos. Temos um grupo muito bom, muito parceiro, conversamos muito sobre extracampo, e independentemente de quem seja o capitão estaremos bem servidos.”
Ambiente da seleção brasileira
“A chegada do Carlo traz uma energia nova, e tudo isso pode ser muito importante. É apenas um start, tudo vai depender do nosso desempenho dentro de campo. Nosso desempenho e resultado ajuda, a imprensa e a torcida vêm junto. Mas essa nova energia traz esperança.”
“Nesse momento é importante. Quando se ganha um título vem essas reflexões, mas conhecendo os jogadores do PSG e da seleção, são extremamente abertos ao coletivo e ao time. Não é por serem estrelas, que não fazem as coisas para o time. Claro que tem treinadores que tem uma filosofia em que determinados jogadores encaixam mais. O Luis Enrique gostaria muito de ter um jogador como Mbappé, mas ele acabou saindo e o Luis Enrique trabalhou com quem ele tinha. Aqui na seleção, o Carlo terá que fazer o mesmo, entender o que ele tem na mão e colocar isso em prol do time. O futebol é tão competitivo e dinâmico, e o PSG foi uma prova disso. Todos os jogadores se doaram para ser campeão e aqui não é diferente. Todos se entregam ao máximo, conheço todos que estão aqui e que já estiveram. Às vezes o resultado não acompanha, mas todos se doam.”
“Esse grupo tem que estar forte e preparado para tudo que se pode acontecer dentro de um jogo. É assim que nos preparamos no PSG e faremos na seleção também.”