A procura massiva de ingressos para a final da Champions League que será disputada neste sábado (31), na Allianz Arena, revela um traço importante do futebol europeu. Os torcedores de PSG e Inter de Milão terão a facilidade de se deslocarem para assistir ao confronto em Munique, na Alemanha, por conta da infraestrutura de mobilidade urbana do Velho Continente.
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Paris fica a aproximadamente 840 km de Munique. Para realizar a viagem, o torcedor do PSG pode optar por três tipos de transportes: avião (mais cômodo, rápido e mais caro), carro (mais barato, mas muito longo) e trem (cômodo, tempo médio e barato), tipo de deslocamento mais utilizado.

Viagem Paris – Munique (840 km de distância)
- Carro – 8h50
- Trem – 11h
- Avião – 1h30
As distâncias são ainda mais curtas para o torcedor da Inter de Milão. A capital italiana fica a 490 km da cidade que recebe a final. De carro, costumam ser trajetos de 5 a 6h30 de duração. De trem, o deslocamento é um pouco mais longo, mas as passagens, diariamente, não passam de 90 euros. De avião, a viagem é mais rápida, mas bem mais cara.
Motivos não faltam para o torcedor interista buscar a Orelhuda. A Nerazzurra tem 18 mil bilhetes disponíveis para o setor destinado apenas para o clube, mas a procura é muito maior: em torno de 300 mil tentaram comprar os tickets para a decisão.
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Viagem Milão – Munique (490 km de distância)
- Carro – 5h35
- Trem – 7h
- Avião – 1h08
O uso dos trens na Europa dispensa a burocracia nos aeroportos. Além disso, pela alta velocidade dos veículos, diminui os trânsitos entre cidades e países. A proximidade das grandes capitais também conta para o desenvolvimento histórico do continente.
Realidade do torcedor sul-americano é outra

A missão de acompanhar o time de coração em uma final da maior competição de clubes do mundo não é cansativa se comparada ao trajeto de torcedores brasileiros, nos últimos anos, para as finais da Libertadores. As torcidas do país precisaram superar barreiras como falta de transporte ferroviário, alto custo de passagens aéreas e necessidade de conexão.
Desde 2019, a Libertadores conhece o vencedor do torneio por jogo único em campo neutro. Em 2021 e 2022, as partidas não tiveram públicos pertos da lotação máxima dos estádios. Há uma explicação histórica sobre o tema.
A falta de uma integração entre países da América do Sul, além do tamanho continental do Brasil, são fatores que prejudicam o torcedor em um contexto de deslocamento longo. Isso se dá, também, pela falta de investimento na malha ferroviária desde a década de 1950, com agravamento nos anos 1980 e 1990. Os países sul-americanos, diferente da Europa, se apoiam no desenvolvimento rodoviário.
Distâncias entre finalistas e sedes das finais da Libertadores
Flamengo x River Plate – 2019 (Monumental de Lima)
- Rio de Janeiro – Lima (Peru): aprox. 3795 km
Palmeiras x Flamengo – 2021 (Centenario)
- São Paulo – Montevidéu (Uruguai): aprox. 1600 km
- Rio de Janeiro – Montevidéu (Uruguai): aprox. 1840 km
Flamengo x Athletico Paranaense – 2022 (Monumental de Guayaquil)
- Rio de Janeiro – Guayaquil (Equador): aprox. 4570 km
- Curitiba – Guayaquil (Equador): aprox. 4170 km
Fluminense x Boca Juniors – 2023 (Maracanã)
- Buenos Aires (Argentina) – Rio de Janeiro: aprox. 1960 km
Atlético-MG x Botafogo – 2024 (Mâs Monumental)
- Belo Horizonte – Buenos Aires (Argentina): aprox. 2160 km
- Rio de Janeiro – Buenos Aires (Argentina): aprox. 1960 km