A vitória parcial do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Al Ahly, nesta quarta-feira, 18, pela segunda rodada do Mundial de Clubes, foi interrompida aos 17 minutos do segundo tempo por risco de tempestade elétrica na região do MetLife Stadium, em Nova Jersey. A paralisação seguiu normas de segurança dos Estados Unidos, onde qualquer evento é automaticamente suspenso em caso de descargas elétricas nas proximidades.
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A interrupção foi acompanhada por um aviso no telão do estádio, pedindo para que torcedores deixassem as arquibancadas e se abrigassem em áreas cobertas. “Para sua segurança, vamos evacuar a arquibancada e procurar abrigo dentro do estádio por causa de tempo severo na região”, dizia o comunicado, reforçado por orientações da equipe de segurança local.
Apesar de a Fifa não estabelecer um tempo máximo de paralisação para essas situações, a decisão de retomar, remarcar ou até cancelar uma partida cabe a um comitê técnico-operacional da própria entidade. No caso do duelo entre Palmeiras e Al Ahly, a suspensão seguiu o mesmo padrão já visto em outras partidas do torneio e durou 48 minutos.
Este é o terceiro jogo do Mundial afetado por condições climáticas extremas. Mamelodi Sundowns e Ulsan teve o pontapé inicial adiado em uma hora, já Pachuca e Red Bull Salzburg foi interrompido aos 8 minutos do segundo tempo e retomado posteriormente.
Palmeiras 2x Al Ahly
Jogo suspenso no MetLife aos 17” do 2º tempo, por causa do alerta de tempestade. Torcedores deixam as arquibancadas do estádio. pic.twitter.com/18GDv0DMMR
— Leandro Quesada (@leandroquesada) June 19, 2025
Os riscos climáticos vêm se tornando tema recorrente, com especial atenção ao calor. Isso, pois, o torneio é realizado em um formato inédito, com 32 clubes e 63 partidas, sendo 37 delas iniciadas entre 12h e 18h no horário local (justamente no período mais quente do dia).
O calor dos EUA
O histórico do país em Copas evidencia o desafio. Em 1994, durante a Copa do Mundo de seleções vencida pelo Brasil, a cidade de Dallas registrou 48 °C no gramado durante um jogo entre Alemanha e Coreia do Sul.
Naquela edição, mais de 400 pessoas foram atendidas nos estádios em razão das condições climáticas. A própria final entre a seleção brasileira e a Itália é até hoje lembrada pelas altas temperaturas no Rose Bowl Stadium, em Pasadena.


Tetra em 1994 foi conquistado sob forte calor no Rose Bowl – Pedro Martinelli/PLACAR
Em 2024, durante a Copa América, a seleção brasileira chegou a treinar sob um calor de 47ºC .
A Fifa, inclusive, já distribuiu folhetos com orientações médicas para jogadores e torcedores, alertando sobre o risco de lesões, câimbras, desmaios e desidratação. No entanto, a condição não deixa de ser um desafio para o país que sediará a Copa do Mundo de 202 ( junto a Mexico e Canadá).