Na primeira conferência de imprensa como selecionador canarinho, ‘Carletto’ frisou objetivo mundial, não se comprometeu com nenhum sistema tático e abordou forma de Vinícius Júnior
Depois de diversos avanços e recuos, Carlo Ancelotti foi apresentado como o novo selecionador brasileiro por Samir Xaud, presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O antigo treinador do Real Madrid não escondeu a felicidade por assumir o comando técnico da canarinha: «É muito bonito treinar a melhor seleção do mundo. Tenho muita vontade de fazer um grande trabalho para voltar a fazê-la campeã. É uma grande responsabilidade. Estou muito contente.»
«Temos de criar uma atmosfera familiar com respeito. É um grande desafio. Ganhar o Campeonato do Mundo é a meta de um país inteiro. O amor incondicional à Seleção ajudará muito» frisou Carletto. O técnico italiano agradeceu ainda ao Real Madrid por ter tido a amabilidade de deixá-lo negociar com a CBF, mesmo tendo contrato com os merengues até 2026.
Além de se apresentar pela primeira vez de forma oficial aos jornalistas e adeptos brasileiros, Carlo Ancelotti aproveitou a conferência de imprensa inicial para revelar a lista de 26 convocados para os próximos compromissos da canarinha na qualificação para o Mundial.
Da primeira lista de eleitos, saltaram à vista as ausências de Rodrygo e de Neymar. Ainda assim, Ancelotti garantiu que o craque dos Santos se mantém nos planos da canarinha: «Contamos com Neymar na sua melhor versão. Veio para o Brasil para jogar no Mundial. Falei com ele para explicar-lhe isso e ele está de acordo.»
«Temos de ganhar porque são duas partidas importantes para assegurar a qualificação, o Neymar acaba de sair de uma lesão e há outros como Joelinton, Militão, Rodrygo, Gabriel e Ederson, que não puderam ser convocados por problemas físicos» frisou Ancelotti, de olhos postos nos duelos frente ao Equador, a 6 de junho e contra o Paraguai, cinco dias depois.
Recebido com pompa circunstânica por Samir Xaud e Luiz Felipe Scolari, último técnico campeão mundial pelo Brasil, Ancelotti reafirmou desejo de conquistar o sexto Campeonato do Mundo da história da canarinha em 2026. O antigo técnico do Real Madrid confirmou ainda que o interesse da canarinha não é recente: «Chamaram-me há dois anos, mas renovei contrato e o Real não quis a minha saída. Este ano as circunstâcias foram outras. Falámos e terminou. Desejo o melhor ao clube.»
Ancelotti frisou ainda que sempre alimentou uma relação especial com o Brasil e deixou uma garantia sobe um antigo pupilo «Coincidi como jogador com Falcão. Depois como treinador tive muitos jogadores: Cafú, Kaká, Pato, Ronaldo e agora Vinícius, Rodrygo, Militão e Endrick. Se o Vini ainda não revelou a melhor versão na seleção, vai fazê-lo.»